sexta-feira, 22 de agosto de 2008

O que eles dizem sobre o seu bairro

22 de agosto de 2008

ELEIÇÕES 2008

O que eles dizem sobre o seu bairro

No dia 5 de outubro, é função dos porto-alegrenses eleger o representante que vai guiar as ações do município nos próximos quatro anos. Falta menos de dois meses, e as propostas dos candidatos para o seu bairro não poderiam ficar de fora da campanha. Quem ganhar a eleição e assumir a prefeitura vai administrar toda a Capital, mas para promover um debate sobre a região, o ZH Zona Sul apresenta nesta edição o que cada um pensa sobre os problemas dos bairros. Procuramos os candidatos a prefeito de Porto Alegre e perguntamos: “Qual é o principal problema da região dos bairros Ipanema, Tristeza, Vila Assunção, Vila Conceição, Sétimo Céu, Cristal e Cavalhada? O que pretende fazer para solucioná-lo?”. Confira, também, as propostas para resolvê-los.

JOSÉ FOGAÇA (PMDB)

Um dos maiores projetos que contempla a Zona Sul é o Programa Integrado Socioambiental (Pisa), que ampliará o tratamento de esgotos da cidade dos atuais 27% para 77% até 2013. Com o equilíbrio das contas públicas, a administração municipal recebeu a aprovação do financiamento do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para viabilizar a parte de crescimento urbano e gestão ambiental do programa. Além do financiamento, outras questões foram importantes para o projeto, como a instalação do escritório socioambiental e a aprovação do bônus-moradia para o reassentamento das famílias que vivem onde passará a obra.

LUCIANA GENRO (PSOL)

A Zona Sul vive o dilema de crescer e ao mesmo tempo preservar a natureza, a orla do Guaíba e a qualidade de vida. Não podemos permitir que o crescimento se dê de forma desordenada. O trânsito dá sinais de esgotamento, portanto, qualquer projeto tem de levar em conta a trafegabilidade, a capacidade de vazão do esgoto e o bem-estar das pessoas. Precisamos urbanizar a orla, fazendo dela um ponto de encontro democrático, não uma área privada para poucos. A segurança também é um problema. O posto da Brigada na Wenceslau Escobar está em petição de miséria. Investiremos na segurança, tirando recursos dos cargos de confiança e reduzindo o gasto com propaganda.

MANUELA D’ÁVILA (PC DO B)

A Zona Sul acumula problemas como expansão imobiliária desordenada, falta de saneamento básico, alagamentos e precariedade nos serviços de saúde. Meu governo investirá na Zona Sul. Executaremos o projeto socioambiental, que reduzirá a poluição do Guaíba, tornando as águas próprias para banho e para pesca. Quero que os porto-alegrenses aproveitem o Guaíba e a orla, que tem 70 quilômetros abandonados. Vamos iluminar praças e parques e mobilizar a Guarda Municipal. Além disso, instalaremos o Pronto-Socorro da Zona Sul no Hospital Parque Belém e criaremos o Plano de Desenvolvimento Agrário da Zona Sul, para estimular a produção por agricultores, cooperativas e agroindústrias.

MARIA DO ROSÁRIO (PT)

Além do grave problema de insegurança que vive toda a cidade, a Zona Sul sofre com o trânsito. O bom momento da economia brasileira favorece a implantação de grandes obras, como o Museu Iberê Camargo e o BarraShoppingSul, que trarão milhares de novos visitantes à região. É preciso que a prefeitura assuma o papel de planejar e executar as adequações viárias para evitar o congestionamento do trânsito na região. Além de fazer novas avenidas, pretendemos qualificar o transporte público, construir ciclovias e estudar a adoção do transporte fluvial.

NELSON MARCHEZAN JR. (PSDB)

Porto Alegre é vítima da falta de atenção à saúde. Porém, a falta de investimentos não é a responsável por isso. Não há um sistema informatizado que interligue postos e hospitais. O problema pode ser resolvido com compra de software e utilização da rede óptica. Por se tratar de uma região extensa, as unidades e postos não suportam o número de usuários. Mas não significa que seja preciso criar novos postos. A diminuição das ausências às consultas, sem cancelamento, é o primeiro passo, pois, em cerca de 40% dos casos, o paciente falta e não desmarca. É fundamental criar ferramentas que evitem o desperdício de recursos.

ONYX LORENZONI (DEM)

Segurança e saúde são dois pontos que precisam melhorar na Zona Sul. Os recursos na área da saúde não são poucos. Vamos criar 10 centros de pronto-atendimento em saúde, serão chamados de PAS. Por meio do PAS, as comunidades receberão atendimento sem que precisem marcar ou tirar ficha para procedimentos como aplicação de vacinas, curativos, consultas e diagnóstico. Na segurança, ampliaremos o efetivo da Guarda Municipal: dos atuais 584 agentes para 1,5 mil homens, sendo 250 a cada semestre nos primeiros dois anos. Os recursos serão remanejados de secretarias, órgãos e cargos extintos.

PAULO ROGOWSKI (PHS)

Na região, encontramos pessoas com maior poder aquisitivo. As questões referentes a segurança e engarrafamentos das vias reincidem. Quando for prefeito, incluirei nos planos governamentais a classe média. Para resolver o problema da segurança não é só preciso aumentar o efetivo de policiais e mandar prender. Articularei com todos para buscar novas alternativas. Os que possuem um maior poder aquisitivo querem se envolver na construção de uma nova cidade, seja pela lei de responsabilidade fiscal, seja por participação ativa. Hoje, não existem espaços destinados aos que querem contribuir, apenas aos que querem reivindicar.

VERA GUASSO (PSTU)

A Zona Sul é uma região de muitos contrastes. De um lado, luxuosas propriedades e, de outro, muita pobreza. Defendemos que um dos focos fundamentais da administração municipal seja a criação de empregos que possam tirar as pessoas da marginalidade, a construção de habitações populares para os que estão vivendo sem as mínimas condições, creches e condições de permanência nas escolas para os filhos dos trabalhadores e desempregados.


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