sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Provocações à direita e à esquerda em debate no RS

Agencia Estado

O quarto debate da campanha eleitoral de Porto Alegre, esta noite, na TV Bandeirantes, mostrou dois duelos distintos. Num deles, Onyx Lorenzoni (DEM) fustigou o prefeito José Fogaça (PMDB), candidato à reeleição e líder nas pesquisas, insistindo na busca do eleitorado à direita do espectro político. No outro, Maria do Rosário (PT) e Manuela DÁvila (PCdoB), empatadas em segundo lugar nas pesquisas, trocaram farpas na disputa pela esquerda. Quando conseguiu se dirigir a Fogaça, Lorenzoni provocou perguntando: "O que deu errado em seu governo?"

O prefeito citou realizações como ampliação das equipes de saúde da família e adoção da educação integral em 11 escolas da cidade. Como foi alvo também de outros candidatos, Fogaça defendeu sua administração citando iniciativas como a governança solidária, que reúne o capital social para desenvolver projetos sem custos para os cofres públicos.

Manuela fustigou Maria do Rosário querendo saber se os problemas de saúde da cidade começaram há apenas quatro anos, quando o PT deixou de governar a cidade. A candidata petista rebateu falando que há lado na política e que o povo quer saber com quem seus candidatos andam, numa referência à ampla aliança da concorrente, que juntou o PCdoB ao PSB e ao PPS, visto como partido de direita no Rio Grande do Sul. Maria do Rosário tentou colar sua candidatura à popularidade de Lula anunciando parcerias com o governo federal, mas Manuela lembrou que os dois primeiros anos do atual presidente coincidiram com os dois últimos anos do PT em Porto Alegre e, à época, os projetos conjuntos não aconteceram.

Os demais concorrentes fizeram apostas diferentes. Luciana Genro (PSOL) atacou tanto Fogaça quanto Nelson Marchezan Júnior (PSDB) dizendo que os dois pertencem a partidos aliados no governo do Estado, que, quando chegam ao poder, repetem o discurso da falta de recursos. Marchezan Júnior defendeu os governos tucanos dizendo que eles fazem o ajuste fiscal para permitir que os administradores voltem a ter recursos para investir. E Paulo Rogowski (PHS) preferiu citar suas propostas para construir um porto na zona sul da cidade e comprar vagas em hospitais particulares para resolver os problemas mais urgentes da saúde.

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