sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Em Porto Alegre, candidatas Maria do Rosário e Manuela trocam farpas durante debate

GRACILIANO ROCHA
da Agência Folha, em Porto Alegre

A disputa pelo segundo lugar na eleição de Porto Alegre esquentou com a troca de farpas entre as deputadas federais Maria do Rosário (PT) e Manuela D'Ávila (PC do B) durante o debate da TV Bandeirantes, na noite de ontem.

Empatadas tecnicamente com respectivos 20% e 18%, segundo pesquisa Datafolha feita na semana passada, a petista e a comunista disputam entre si um eleitorado de esquerda em uma cidade que foi governada pelo PT durante 16 anos.

A candidata do PC do B perguntou a Maria do Rosário se a crise no atendimento de saúde da cidade começou apenas em 2005, quando o PT deixou a Prefeitura de Porto Alegre.
Maria do Rosário respondeu com ironia, lembrando que as duas já estiveram juntas e que o PC do B fez parte das administrações do PT.

O prefeito José Fogaça (PMDB), que lidera a corrida eleitoral com 29%, segundo o Datafolha, foi o mais fustigado pelos adversários, que criticaram problemas na saúde, na educação e o que seria, segundo a oposição, excesso de gastos com cargos comissionados (não concursados).

A candidata do PSOL, Luciana Genro, disse que o gasto da Prefeitura com cargos de confiança --R$ 30 milhões por ano-- é o dobro dos investimentos feitos no período com saúde e educação em 2007.

Onyx Lorenzoni (DEM) criticou Fogaça por causa da colocação das escolas de Porto Alegre no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), em 14º lugar. "Uma nota média de 3,1 para 1ª a 4ª séries e de 3,3 para 5ª a 8ª não é um bom resultado", disse Onyx, após o prefeito citar programas de educação integral implantado em 11 escolas.

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