segunda-feira, 14 de julho de 2008

Líder nas pesquisas, Fogaça ainda é mais prefeito que candidato em Porto Alegre

Marca do PMDB

A campanha pela reeleição deve enfatizar as políticas públicas dedicadas à assistência a crianças e adolescentes e o esforço para manter o equilíbrio das contas públicas feito pelo atual governo. Além de críticas quanto a resultados considerados insuficientes, Fogaça deve enfrentar as acusações da oposição sobre indícios de fraude em uma licitação do Departamento Municipal de Limpeza Urbana.

- Não houve licitação fraudulenta. Quando o Tribunal de Contas identificou o problema, tomamos as atitudes corretas, revogamos o edital e promovemos outro - disse Magalhães.

Em caso de reeleição, o discurso do governo pode ter algumas mudanças. A primeira gestão teve a marca do PPS, então partido de Fogaça, com a idéia da chamada governança solidária. Em um segundo governo, o PMDB teria mais peso e daria mais ênfase ao planejamento para o desenvolvimento econômico da cidade e a um modelo de gestão com "democracia cooperativa" capaz de agregar vários atores sociais.

- Queremos avançar na perspectiva de uma cidade melhor - disse Magalhães.

Na eleição deste ano, além do PTB, o PDT entrou na coligação de Fogaça, enquanto o PPS optou pela chapa de Manuela dÁvila (PCdoB). As negociações que resultaram na substituição do PTB pelo PDT na indicação do vice de Fogaça e na possível composição do secretariado teriam sido o motivo para a demora na formalização da candidatura à reeleição do prefeito.

- Foi o tempo necessário para dialogar com todos os partidos. É uma posição de respeito aos partidos - disse Magalhães.

PORTO ALEGRE - Candidato à reeleição e favorito nas pesquisas de intenção de voto, José Fogaça (PMDB) mantém a rotina de prefeito de Porto Alegre e ainda não conta com uma equipe de campanha totalmente estruturada.

- No momento, (Fogaça) exerce o mandato de prefeito - disse Clóvis Magalhães, secretário de Gestão do município, à Reuters.

Magalhães é integrante do diretório municipal do PMDB e deve fazer parte da equipe, mas o principal nome do partido na coordenação da campanha de Fogaça será o deputado estadual Luiz Fernando Záchia que não deve assumir tarefas eleitorais antes do final de julho. Até lá, continua como secretário de Desenvolvimento no governo Yeda Crusius (PSDB).

- A campanha existe com registro formal no TRE e já dispõe de CNPJ. Está instalada porque temos atos administrativos que já estão funcionando - afirmou Magalhães.

Com poucas atividades de rua e a participação do candidato nos primeiros debates, esta fase inicial de campanha teria como prioridade a abertura de comitês, conversas com apoiadores e preparação da estrutura para o gerenciamento de doações e financiamento.

Ainda não foram definidos os responsáveis pela propaganda eleitoral e não há previsão de data para o afastamento de José Fogaça do Executivo. Sem necessidade de desincompatibilização, é possível que o prefeito peça férias ou licença apenas na reta final da campanha.

- Não pretendemos gerar instabilidade na gestão municipal - disse Magalhães.

Na última pesquisa Ibope, realizada entre 8 e 10 de julho e divulgada pelo jornal Zero Hora, Fogaça (PMDB) tem 29% das intenções de voto, enquanto Maria do Rosário (PT) e Manuela dÁvila (PCdoB) aparecem empatadas em segundo lugar com 19% cada uma. A margem de erro é de 4 pontos percentuais.

Segundo dados registrados no TRE, a previsão de gastos da campanha de Fogaça é de R$ 3,2 milhões. É o quarto maior orçamento, sendo superado por Onyx Lorenzoni (DEM/PP), com R$ 5 milhões; Maria do Rosário (PT/PRB/PSL), com R$ 4,8 milhões, e Manuela d'Ávila (PCdoB/PPS/PSB), com R$ 3,5 milhões.

Fogaça terá a maior fatia do horário de propaganda eleitoral com 6 minutos e 25 segundos.

Publicada em 14/07/2008 às 16h51m

Reuters

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